Oficio enviado ao Prefeito:
Exmo. Sr. Prefeito Municipal,
Tendo em vista o não cumprimento por parte desta Prefeitura das negociações levadas a efeito junto ao Ministério Público da Tutela Coletiva, comunicamos a V.Sª. que a partir de 1º de julho estaremos cumprindo fielmente as diretrizes estabelecidas pela Contratualização, firmada junto à Secretaria Estadual de Saúde, para internações.
Metas estabelecidas:
- 107 internações/mês em Clínica Médica;
- 25 internações/mês em Pediatria;
- 12 internações/mês em Obstetrícia;
- 16 internações/mês em Clínica Cirúrgica.
Atingidos os parâmetros acima, o excedente será direcionado à Secretaria Municipal de Saúde, para que esta adote as medidas que se fizerem convenientes.
Outrossim, informamos que o Ministério Público será devidamente cientificado da atual situação.
Cordialmente,
José Paulo Hassel Machado (Provedor)
Silviane Moreira de Oliveira (Direção Clínica)
Tal documento, na verdade representa o último ato de uma luta que vem se arrastando ao longo desses últimos meses, na tentativa de se chegar a um consenso entre Prefeitura e Hospital de Miracema. De nossa parte, fizemos todo o esforço possível para que a população tivesse uma assistência digna, honesta e de qualidade. Creia, o nosso esforço infelizmente foi em vão. Não tivemos êxito em fazer com que a autoridade municipal compreendesse a nossa honestidade de propósitos. Em momento nenhum visamos interesses particulares de quem quer que seja. Nossa luta visa sobretudo a manutenção, em sua plenitude, do funcionamento deste Hospital. Como gestores do Hospital pesa em nossos ombros os destinos desta casa e por isso não podemos permitir que ninguém venha ameaçar a frágil estabilidade financeira em atualmente vivemos, daí termos que infelizmente assumir o ônus de uma atitude tão drástica, mas que traz em seu bojo a ferranha defesa do Hospital que dirigimos.
Ocorrerão muitas críticas, sabemos, mas ninguém nos perdoaria se o Hospital viesse à falência por ter sido mal dirigido.
Com relação às metas da Contratualização, esclarecemos que não foram determinadas por nós e sim pelo Ministério da Saúde. As internações que fazemos a mais são completamente ignoradas e não podem sequer serem faturadas.
Direção do HM