Partido Verde Miracema

NA MALEDICÊNCIA, O CRIVO DAS TRÊS PENEIRAS.
Luiz Manoel mudou de emprego. E logo no primeiro dia, para dar graxa ao chefe de serviço, tentou sair-se com esta:
_Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do senhor Silva. Disseram que ele...
O chefe, sem deixar que o Luiz Manoel terminasse a frase, retorquiu:
_Espere um pouco, Luiz Manoel. O que você vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
_Três peneiras? Que três peneiras, chefe?
_A primeira é a da verdade. Você tem a certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
­_Não, não tenho.Como poderia saber? O que eu sei é apenas o que me contaram, mais nada.
_Então a história já passou pela primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira, que é a bondade. O que vai me contar,você gostaria, que os outros também o dissessem a seu respeito?
_Claro que não! Nem pensar, chefe.
_Então a sua história já passou pela segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da necessidade.Você acha mesmo necessário contar-me esse fato do Sr. Silva?_Não, chefe. Verifico que, passando pelo crivo destas três peneiras, vi que não sobrou nada do que eu iria contar.
_Pois é isso, Luiz Manoel. Você já pensou como as pessoas seriam mais sensatas, mais felizes se todas usassem estas peneiras? Meu amigo, da próxima vez que surgir um boato submeta-o ao crivo das três peneiras: verdade, bondade e necessidade. Pense nisto: as pessoas inteligentes conversam sobre idéias, as pessoas comuns falam sobre coisas e as pessoas medíocres se comprazem em falar sobre supostos defeitos alheios.
(autor anônimo)
Jornal “Cavaleiro da Imaculada” nº 845- Agosto de 2004.

Leyse Maria Tostes Padilha Moreira